24.7.10

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''não te vi ir embora, nem ouvi a porta a fechar, o teu casaco ficou na entrada. ver-te sorrir ao devolver-me as chaves fez-me sentir vazia. isto passará com o tempo, ou nem passará. não te vi voltar, buscar o teu casaco na entrada, secalhar eram só lembranças para deitar fora. a esperança que um dia voltarias permaneceu no meu sentimento. eram horas e horas sentada no sofá á espera que chegasses e viesses ter comigo. cada vez que alguem batia á porta, ia a correr para lá com esperança que fosses tu. as minhas lágrimas iam descendo pelo meu rosto a cada dia que passava. tudo em mim se tornou triste, sem magia, sem sorrisos, sem vontade de viver. a esperança de voltares foi desaparecendo. um dia, acordei sem me lembrar de ti, sem sentir algo por ti, sem nenhuma recordação tua e nesse mesmo dia, bateram á porta, enquanto ia a correr até lá a sorrir, tudo me veio á cabeça, as memórias, as recordações, tu, o teu casaco, o teu cheiro, tudo! quando cheguei á porta, hesitei e não abri.''

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