25.7.10

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exijo saber quem me levou os pensamentos, quem me levou precisamente tudo o que tinha. não sei se foi por esquecimento se foi por abandono, só sinto que tudo voou, tal e qual como o vento. talvez por horas, por dias ou até anos, mas que durante esse tempo haja algo que me preencha a cabeça, que me dê ideias e que me ajude a completar as peças. há sempre algo que fica mas nem isso me restou por isso compreendo agora o meu estado de solidão. não sei bem ao que me refiro, ou sei, mas neste momento estou numa branca. isto soa a quem esteja maluca, mas eu sei bem que nem é nada parecido, sei que é um amor apagado, uma memória esquecida e um rascunho guardado. estes rascunhos guardados desta vez não são aqueles que nos trazem de volta as memórias e o tal amor que foi apagado, estes são aqueles que nos ajudam a esquecer e a sorrir mas sem voltar a amar. uma coisa do qual estou orgulhosa é o facto de o conseguir fazer, o que sempre foi muito raro (até agora). gostava da forma como me olhavas, da forma como me agarravas na mão para voltar e até da forma como (tu) voltavas. mas tudo isso foi-se e foi-se de vez. não se fala de hibernação, mas sim de uma extinção que mais alguma vez pode ser recordada. isto foi um fim, um fim que talvez ainda tu não saibas, mas que além deste tempo todo o irás perceber.         


                                                                                                                até um dia*                                                                        
                                                                                                                                                     

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